Capítulo 1
Bella lançou sua pasta na cama do hotel e quase não resistiu de se atirar nela também. Deus, ela estava cansada e tensa.
— Seu problema, Bella Swan, — ela disse com um suspiro, — é que você realmente precisa transar.
Ela já tinha transado alguma vez? Há anos ela não tinha um homem, mas seu avanço na carreira como uma advogada corporativa realmente pôs o freio em sua vida sexual. Ela não tinha tempo para namorar, nunca estava em um lugar tempo suficiente para realmente conhecer alguém que preenchesse seus rígidos critérios: uma boa conta bancária de forma que ele não viveria por conta dela, aparência decente, ótimo sexo. Um homem real. Alguém que pudesse se realizar, especialmente com ela. Até agora ela não saiu com qualquer homem que realmente pudesse.
Ugh, Fracos.
Bella esfregou suas têmporas com as pontas do dedo. Sua cabeça e suas costas doíam e seus ombros ainda estavam tensos de outro voo longo. Ela viaja tanto que era uma maravilha que ainda se lembrasse em qual cidade ela estava.
Ela chutou suas sapatilhas, caminhou sobre o tapete de pelúcia para a ampla janela da suíte executiva. Ela puxou a cortina que revelou uma visão incrível da Ponte Golden Gate e Alcatraz de seu hotel de São Francisco. Ela só podia imaginar estar lá fora no embarcadouro agora, respirando o cheiro salgado, salgado da água, sentindo o ar úmido em sua pele, ouvindo o grito alto de gaivotas e o latido de leões do mar.
Um sorriso cansado tocou em seus lábios. Infelizmente, ela estava aqui somente a negócios, não para prazer. Sua agenda intensa não deixava nenhum horário para relaxamento.
Bella largou a cortina e deu as costas para a vista. Desabotoou sua blusa de seda que deslizou em um sussurro fresco e sensual contra sua pele. Estava tão cansada que não se incomodou em alcançá-la do chão. Ao invés, ela deixou uma trilha de roupa do quarto ao banheiro enquanto tirava seu sutiã, sua calça comprida e sua calcinha.
Nua, ela parou frente ao espelho e estudou seu reflexo. Suas feições eram apertadas e desenhadas, sua maquilagem apenas escondia as sombras debaixo de seus olhos. Estendeu a mão, tirou o clipe de seu cabelo que caiu em seus ombros em uns longos, castanhos amontoado. Depois de lançar seu clipe para a bancada de mármore ela correu seus dedos por seu cabelo e massageou seu couro cabeludo. O movimento fez que seus peitos subissem e seu olhar caiu para seus mamilos que eram da cor de cravos rosa.
Lentamente, ela moveu suas mãos de seu cabelo e abaixou seus peitos. Sua respiração acelerou quando ela apertou seus mamilos entre seus polegares e indicadores. O sentimento sensual fez seu nó apertar e ficou úmida entre suas coxas.
Bella assistiu-se no espelho, suas pálpebras pesaram quando uma fantasia passou por sua mente. Ela imaginou um estranho apertado contra suas costas, sua firme ereção contra seu traseiro. Suas mãos apertavam e puxavam seus mamilos, seu toque fazia sua vagina ficar molhada, almejando seu pênis. Ela deslizou uma mão devagar de seu peito para sua barriga plana, aos cachos aparados entre suas coxas. Colocou as mãos em forma de conchas como se fosse o estranho, antes de deslizar um dedo em suas dobras úmidas.
Enquanto esfregava seu clitóris, nunca desviou o olhar de seu reflexo. Viu o rubor espalhar-se por sua pele enquanto se encaminhava para o clímax. Assistiu o modo que sua mão movia contra seu montículo e como sua outra mão continuava a rolar e beliscar seu mamilo. Ela imaginou a boca morna do estranho entre suas pernas agora, o sentir de sua língua contra suas dobras, sua cabeça entre suas coxas. A imagem era tão poderosa que seu dedo circulou seu clitóris mais rápido.
Bella gozou com um puxão de seus quadris contra sua mão e uma onda de calor por seu corpo. Ela continuou a dedilhar seu clitóris enquanto ondas de prazer a atravessavam. Teve que mover sua outra mão de seu peito até a bancada para segurar-se. Imóvel, assistiu seu corpo tremer enquanto seu orgasmo continuava, mordeu seu lábio inferior quando encontrou seus olhos verdes no espelho.
Quando a última pulsação de seu clímax aliviou, que ela deslizou seus dedos de sua vagina, trouxe-os para seu nariz e inalou. Sexo. O cheiro de sexo era tão bom. Muito melhor quando misturado com o odor almiscarado de um homem.
Bella colocou ambas as mãos na bancada e fechou seus olhos. Como seria realmente perder todas as inibições e ter sexo com um estranho? Ela nem precisaria saber seu nome. Ele apenas tinha que fodê-la bem e duro, deixando-a satisfeita.
Ela suspirou, abriu seus olhos e se afastou do espelho.
Ousaria fazer de sua fantasia uma realidade?
Depois de tomar banho, colocar uma nova maquiagem, arrumar seu cabelo e cuidar de algumas necessidades, Bella se dirigiu para o bar de hotel em vez de discar para o serviço de quarto como sempre. Faria melhor uso de uma boa bebida que de comida. Ao invés de se vestir de modo casual, deslizou em um vestido de coquetel preto, frente única e uma saia que alcançava o meio das coxas. Ela sempre viajava com dois vestidos de noite no caso de que tivesse jantares de compromissos com clientes ou se ela tivesse funções de negócios para frequentar. Um vestido de coquetel era bastante modesto, mas este aqui era um pouco mais ousado.
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Em uma bolsa preta minúscula, Bella pôs sua chave do quarto, cartão de crédito, batom, dinheiro e um pacote pequeno de preservativos que ela comprou na loja de presentes do hotel. Uma garota deve estar sempre preparada.
Sua pele aqueceu com o pensamento de seu plano para a noite. Não podia acreditar que estava seguindo com isso. Tinha a intenção de tomar um ou dois drinks no bar do hotel, então descobrir onde ficava o lugar mais badalado da cidade. Tinha toda intenção de fazer sua fantasia realizar-se.
Sexo. Com um estranho. Hoje à noite.
Quando alcançou o bar do hotel, esquadrinhou a multidão. Homens de negócios em ternos e gravatas, outros homens em calça comprida casual e camisas polo, nenhum deles remotamente interessante. Bella nem se incomodou em olhar às mulheres do salão.
Achou uma mesa pequena em um canto escuro do bar e sinalizou para a garçonete. Se acomodou em uma das cadeiras almofadadas e tentou relaxar. Sua pele formigava por causa da chuveirada quente que tomou e podia cheirar o odor leve de seu perfume de flor de laranjeira. Ela quase não tinha nada debaixo do seu minúsculo vestido preto — só um sutiã de renda insuficiente e uma tanga — e a cada movimento que fazia, o matinal sedoso de seu vestido deslizava por sua pele o que fazia com que ficasse molhada.
Ela terminou dois cosmopolitas[1] para fortalecer sua coragem antes de ir para uma boate… quando ela o viu .
Um homem saído diretamente de suas fantasias.
Ele entrou no bar com confiança, talvez até com arrogância, em sua expressão e em seu passo largo. Imediatamente, ela não teve nenhuma dúvida que ele era um homem que sabia o que queria… e o conseguia.
O homem tinha cabelo ruivo e estava vestido todo de preto desde sua camiseta até sua calça jeans. Deus, ela amava homens de preto, e ela amou o modo que sua calça jeans moldava seu traseiro. Achou extremamente sensual que ele não estivesse vestindo calça como o resto dos homens no bar. Ele parecia mais áspero. Mais impaciente.
Ele era bonito de uma maneira poderosa que fez sua boca ficar seca. Aqueles lábios firmes. Aquela boca sensual. Ela podia só imaginar… Jesus. O que ela não imaginaria com este homem?
Sua fantasia alcançou o bar e casualmente se debruçou. Depois de conseguir a atenção do garçom e fazer seu pedido, girou ligeiramente e seu olhar varreu o salão. Seu coração bateu um pouco mais forte quando enfocou nele, esperando ele olhar para ela. Ela não pretendia parecer tímida. Ela queria este homem.
No momento em que seus olhos se encontraram, ela sentiu um sacudir de seus mamilos até sua vagina. Ela não poderia desviar o olhar mesmo que quisesse.
Edward Cullen estudou a morena. Ela tinha grandes, bonitos olhos verdes e lábios cheios, e seu vestido preto revelava só o suficiente para atrair. Seus dedos lentamente deslizaram de cima abaixo o caule de seu copo de martini quando enfocou nele, e ele podia facilmente imaginar aquela mão pequena alisando seu membro.
Como um Dom, Edward tinha mais que suficiente autocontrole, mas naquele momento seu pênis escolheu o ignorar e endurecer dolorosamente contra sua calça jeans apertada.
Esta mulher tinha que pagar por despertá-lo com um mero olhar, um movimento apenas. Naquele momento de escrutínio ele não teve nenhuma dúvida que ela o queria, e ela desejaria tudo que ele poderia ensiná-la, fazer com ela e mais.
Ele tinha acabado de concluir sua relação de Dom/sub com as gêmeas Lauren e Sara. Ele precisava de algo mais que uma relação passageira. Algo que ele não conseguia definir. Ele decidiu remover sua coleira de ambas as mulheres. Elas imploraram, pedindo que ele permanecesse seu Dom, mas suas vísceras diziam que estava na hora de partir.
Com facilidade praticada, Edward manteve toda emoção fora de sua expressão enquanto estudava a morena de olhos verdes. O garçom do bar pôs a garrafa de cerveja sobre o balcão ao lado de Edward, e ele tirou o olhar da mulher só o tempo suficiente para pagar. Segurou a garrafa fria em sua mão e, sem vacilação, andou a passos largos pelo labirinto de mesas cheias com clientes do bar, indo diretamente para a mulher.
Seus olhos nunca deixaram o dele, mas sua língua lambeu seu lábio inferior em um movimento nervoso. No entanto, seu queixo estava levantado e tinha um olhar quase altivo em seu rosto. Ele tiraria aquilo dela, e ela adoraria exatamente como ele faria isso. Seu experiente olhar viu sua respiração acelerada, o rubor em suas bochechas, os mamilos tensos contra a seda de seu vestido. Ela não tinha sequer o conhecido ainda, mas já estava preparada e pronta.
Quando ele alcançou sua mesa, ele não incomodou em perguntar se a cadeira próxima a ela estava livre. Deslizou-se, perto o suficiente para que a coxa de seu jeans escovado sentisse a suavidade de seu vestido. Pôs a cerveja na mesa e a estudou. Ela era magnífica, e ele podia só imaginar como ficaria toda aquela suave pálida pele olharia com sua marca. Ele pegou seu odor de mulher e flor de laranjeira e não podia esperar para saborear.
Um rubor tingiu suas bochechas e ele soube naquele momento que isto era algo que ela nunca havia feito antes.
— Eu sou Bella — ela disse em uma voz suave que fez suas bolas encolherem.
Sim, ela iria pagar pela reação que seu corpo estava tendo por ela, e ela desfrutaria de cada minuto.
Bella segurou sua respiração enquanto esperava o homem responder. Isto era loucura. O que ela estava fazendo?
— Edward, — ele finalmente disse. Sua voz era funda e sensual o suficiente para fazer seus dedos do pé enrolarem. — Fale-me sobre você, Bella.
Um pequeno calafrio percorreu sua espinha com o som de seu nome em sua língua e o olhar intenso de seus olhos cinza. Suas palavras não eram casuais. Não, elas comandavam. Uma demanda, não um pedido. Se ela estivesse no trabalho, ela usaria sua língua como um chicote e faria o homem ajoelhar-se com sua atitude gelada. Mas ela não estava trabalhando agora mesmo…
Ao invés fazê-la sair com sua atitude dominante, Bella quis se retorcer em sua cadeira por causa da dor que seu pedido causou em sua vagina. Seu odor almiscarado e o cheiro de pós-barba fizeram ela querer se embrulhar ao redor ele.
— Diga-me, Bella, — ele mandou novamente, desta vez com um olhar quase desaprovador.
Ela não soube o que mais a compeliu, mas talvez fosse o desejo incrível queimando dentro dela de só estar próxima a este estranho.
— Eu sou advogada corporativa— ela disse com uma inclinação de sua cabeça, o desafiando. — Eu não recebo ordens muito bem.
Um sorriso lento curvou um canto de sua boca. Ele estendeu a mão e delicadamente acariciou seu braço. Arrepios formigaram sua pele.
— Eu posso ensiná-la a aceitar ordens e você vai amar cada minuto, Bella.
Ela inclinou sua cabeça para um lado e fez o seu melhor para soar casual.
—Como?
—Primeiro, fale-me sobre você.— Ele aproximou-se dela, um antebraço apoiado sobre mesa. —O que faz você no momento, Bella?
Ela levantou seu queixo um pouco mais alto.
— Eu sou formada em Harvard[2], VP[3] responsável pelas negociações da empresa.
— Você, Bella — ele disse mais firmemente, seus olhos cinza estalando com algo elétrico. O modo como ele continuava repetindo seu nome a enervou. Como se estivesse a interrogando, esperando que ela se submetesse e derramasse seus intestinos. O truque do inseto sob o microscópio. Ela quase riu. Conhecia bem aquela tática. No entanto, não achou isto ofensivo. De fato, achou estimulante.
Certo, se isto era como o jogo seria jogado.
— Eu vivo em Los Angeles por conta própria. Eu até não tenho um gato porque viajo muito.
Ele deslizou seus dedos por seu antebraço.
— Isto não é o que você realmente é, Bella.
O que ele queria? O tamanho da sua calcinha?
— Minha cor favorita é amarela— ela cuspiu.— Gosto de correr, de velejar e passar um tempo com as crianças da minha irmã quando eu posso. Que não é frequentemente, já que eles vivem em Minneapolis.
Com isso, ele deu um olhar mais aprovador e seus olhos cinza se enfocaram em sua boca.
— Qual é seu desejo mais profundo, mais escuro, Bella? O que é que você quer mais que qualquer coisa, agora mesmo? Neste exato minuto.
Ela ficou imóvel. O calor subiu por seu pescoço. Ela não podia falar.
Ele se debruçou tão perto que ela poderia tê-lo beijado. Quando ele falou, estava tão próximo que ela sentia o calor de sua respiração contra seus lábios e pegou o agradável, efervescente odor da cerveja.
— O que você quer agora mesmo, Bella? — Ele repetiu.
— Eu — Sua garganta estava tão seca que dificilmente conseguiria qualquer coisa. Quando o fez, ela não podia acreditar que as palavras saíam de sua boca, mas era como se ele estivesse magicamente retirando-as dela. — Eu quero ser fodida por um estranho. — Uma onda de calor deixou-a corada. Ela era uma advogada dura, mas isto, isto era diferente.
Edward deu um aceno de aprovação com a cabeça por sua honestidade, mas sua expressão estava ainda ilegível.
— Qualquer estranho, Bella?
Seu corpo inteiro estava queimando com embaraço, estimulação e ainda confiança também.
— Eu quero ser fodida por você.
[1] Bebida á base de Martini seco, vodka, licor de laranja, suco de limão e suco de cranberry.
[2] Universidade norte-americana
[3] Vice-presidente